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Em um momento em que a economia não está

apresentandoos resultados satisfatóriosdeoutrora,

comtaxasdedesempregoelevadas e forte recessão,

o trabalho realizado pela Fundação Getulio Vargas,

por meio do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE),

torna-se cada vez mais importante.

O Instituto analisa os preços coletados junto às

empresasparceiras eos transformaeminformações

ágeis e de grande relevância para o monitoramento

da inflação brasileira, com a elaboração de mais de

50 índices de repercussão nacional e internacional.

O IBRE produz também sondagens que abrangem

a aplicação mensal de mais de 7 mil questionários

a empresas e consumidores e cujas respostas,

agregadas em indicadores mensais, mostram a

confiança do consumidor e de diversos setores

sobre a economia brasileira.

Em 2016, o IBRE lançou mais dois novos índices

econômicos: o Índice Geral do Mercado Imobiliário

Residencial (IGMI-R ABECIP) e o Indicador de

Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br).

Elaborado em parceria com a Associação Brasileira

das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança

(ABECIP), o IGMI-C nasceu de uma necessidade

de indicadores de preços de ativos imobiliários no

país. O IGMI-C (Índice Geral de Preços Imobiliários

– Comercial), lançado em2011, preencheu a lacuna

com relação à rentabilidade de imóveis comerciais.

Agora, o IGMI-R ABECIP completa este conjunto

com informações sobre a evolução de preços de

imóveis residenciais, levando em conta os laudos

de imóveis financiados pelos bancos.

O IGMI-R ABECIP usa metodologias adotadas

por especialistas de mercado com a finalidade de

fornecer o valor mais próximo possível da realidade

para a transação do imóvel. As informações

consideradas nas avaliações são mensuráveis e

verificáveis, tais como localização, área do imóvel,

características da vizinhança, qualidade do material

utilizado no acabamento, número de aposentos,

entre outros aspectos que são levados em conta

nas transações de compra e venda.

Com base em laudos de avaliações fornecidos por

um conjunto expressivo de agentes financiadores

imobiliários, o índice é calculado com uma amostra

mensal iniciada em janeiro de 2014 e atualizada

mensalmente. A base de dados reúne informações

sobre imóveis em mais de 4 mil municípios em

todos os estados do Brasil, o que permite o cálculo

para o total do país, e separadamente para as nove

capitais com maior densidade de informações: São

Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza,

Recife, Curitiba, Porto Alegre, Salvador e Goiânia.

Ao longo do tempo, novos municípios serão

gradativamente integrados ao índice, assim como

outros detalhamentos, como diferentes regiões dos

principais municípios e por tipos de imóveis.

Outro importante indicador lançado que também

irá contribuir bastante para a economia brasileira é

o IIE-Br. Onovo índice é composto por trêsmedidas:

IIE-Br-Mídia, baseada na frequência de notícias com

menção à incerteza; IIE-Br-Expectativa, construída

a partir das dispersões das previsões de empresas

paraataxadecâmbioeparaoIPCA;eIIE-BrMercado,

baseada na volatilidade do mercado financeiro.

Essas três medidas, em conjunto, minimizam os

impactos que cada fator isoladamente pode ter

no indicador final. A consolidação dos resultados

do IIE-Br se dá por meio da ponderação dos três

indicadores componentes.

O novo indicador se baseia nos estudos de Nicholas

Bloom (2013) e no conceito econômico da incerteza

de Frank Knight (1921). Essa literatura sobre o tema

atenta para as dificuldades que o país enfrenta

para sair da crise e retomar o crescimento. Além

disso, alerta para a necessidade de se focar nos

principais vetores de incerteza econômica, isto é,

a estabilidade política e um ajuste fiscal crível no

curto prazo.

Ambos os índices criados contribuem para reforçar

amissãodo IBREque, desde1951, pesquisa, analisa,

produz e dissemina estatísticas macroeconômicas e

pesquisas econômicas aplicadas, de alta qualidade,

relevantes para o aperfeiçoamento das políticas

públicas ou da ação privada na economia brasileira,

estimulando o desenvolvimento econômico e o

bem-estar social do país.