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A missão precípua da Fundação Getulio Vargas

é estimular o desenvolvimento nacional. Ela

tem cumprido esse papel há mais de 70 anos,

trabalhando de diversas formas. A primeira

delas, a mais percebível, é por meio do ensino.

Nós temos algumas das melhores escolas do

Brasil, se não as melhores, e em diferentes áreas

vocacionais. A segunda é através do provimento

de informações de uso público, tais como a

elaboração e a aplicação de métricas de alcance

nacional e a produção de relatórios de tendências,

os quais contribuem não só para a compreensão

das circunstâncias do país, mas também para

facilitar a geração de negócios. A terceira é por

meio da construção de conhecimento sobre

os diversos enfoques da “realidade nacional”.

Quanto a este último aspecto, cumpre ressaltar a

visão de que a FGV deve pautar as suas pesquisas

prioritariamente pela aplicabilidade. Isto não

quer dizer que não sejam desenvolvidas na

instituição as mais sofisticadas teorias abstratas,

mas sim que o objetivo final é a solução dos

problemas do país.

A

Fundação

Getulio

Vargas

trabalha

permanentemente não só para desenvolver o

pensamento estratégico brasileiro, mas também

para municiá-lo com análises e informações

que permitam a melhor formulação e

implementação de ações práticas.

Nos últimos 20 anos, podem-se distinguir

quatro fases diferentes na evolução da

Fundação. A primeira fase, que começa por

volta de 1990 e se estende até 2004, é a da

progressiva construção da sustentabilidade da

instituição, que veio se fortalecendo desde o

passado recente, por meio da ampliação dos

cursos executivos e da consecução de projetos

de apoio técnico a empresas e governos. A

segunda fase – é importante registrar que essas

fases se superpõem – vai de 2000 até 2008. Ela

corresponde ao reinvestimento de parte dos

resultados em qualidade, ao aprimoramento da

governança e à evolução dos planos de negócios.

No terceiro período, entre 2004 e 2014, deu-

se a ampliação do escopo de atuação da FGV,

a constatação da nossa relevância como think

tank e o esclarecimento dos nossos três macro-

objetivos: fazer mais e melhor do que fizemos

nos últimos 70 anos; ser o portal do pensamento

brasileiro sobre o exterior e do exterior sobre o

Brasil; e trazer para o centro da nossa produção

de conhecimento tudo o que podemos chamar

de ciência da informação.

Na atualidade, a Fundação Getulio Vargas entra

na sua quarta fase estratégica, que começou

por volta de 2014 e espero que continue, pelo

menos, por mais 10 anos. Esse período será

marcado pela modernização e aprimoramento

ainda maior dos controles, uma ênfase maior

em nossos objetivos e o enaltecimento do rigor

metodológico. O aprimoramento dos nossos

processos propicia a criação de ativos que

gerarão benefícios ainda maiores para o país. O

que, de fato, começamos agora é talvez a mais

relevante de todas as fases, que nos permitirá

solidificar a continuidade, o aprimoramento

dos serviços e a ampliação do escopo.

O ano de 2016 foi um período de ajuste na

economia e na política brasileira. Esperamos que

esse ajuste continue em 2017. Foi um ano em

que quase todas as atividades no Brasil sofreram,

porém para a FGV foi um tempo de profícua

preparação para o futuro. A nossa missão

implica uma contínua luta pelo avanço e pela

modernidade. Não pode haver acomodação, nem

mesmo satisfação com os resultados alcançados

até agora nesta longa caminhada.

Trabalho de muitos, durante muitos anos, a FGV

precisará crescentemente do trabalho de todos

para continuar vencendo os seus desafios.

A FGV EM PERMANENTE

EVOLUÇÃO

Carlos Ivan Simonsen Leal

Presidente da Fundação Getulio Vargas